Bitola 16mm
Criada em 1923 pela Eastman Kodak Company com o objetivo de promover o cinema amador. Por usar negativo reversível, era possível a exibição do filme sem precisar tirar cópia. Este procedimento foi bastante difundido pelo fato de não ser inflamável. Com o aparecimento da TV, o suporte 16mm se profissionalizou e, antes do videotape, serviu para registrar reportagens para os noticiários televisivos. Ainda hoje é bastante utilizado e, nos anos 60, foi criado o Super 16mm que permite ampliação para 35mm e é bastante usado para comerciais, videoclipes e filmes de ficção.
Bitola 35mm
Em 1893, a pedido de W.L. Dickenson, assistente de T. Edison, Georges Eastman divide ao meio o suporte de nitrato de celulose 70mm das máquinas de fotografar e acrescenta uma série de perfurações de modo a se adaptar ao kinetoscópio. A invenção deu certo e se tornou padrão do cinema comercial.
Base de acetato
Suporte criado nos anos 10 e usado a partir dos anos 20 principalmente em cinema amador em substituição à base de nitrato de celulose inflamável. É importante dizer que esta base, na época da sua criação, era extremamente instável, pois estava sujeita a variações dimensionais como encolhimento. O seu grau de transparência era bem inferior à base de nitrato de celulose. Depois de estabilizada e sanado o problema de transparência, a base de acetato foi adotada como padrão pela indústria cinematográfica para filmes 35mm.
Base de nitrato de celulose
Suporte desenvolvido por Georges Eastman, em 1898, inicialmente utilizado em suas câmeras fotográficas com filmes de rolo que substituíam as chapas de vidro pesadas e de difícil manuseio. A base de nitrato de celulose foi adotada pelo cinema comercial em todas as bitolas existentes. Embora de alta qualidade, esta base era inflamável e representava perigo para quem não soubesse manipulá-la.
Base de poliéster
Surgiu em meados dos anos 30 e, diferente das demais, era feita de um plástico derivado de petróleo e não de celulose. Não é inflamável, é resistente a todo tipo de tensão e não está sujeito às variações dimensionais. Após ser resolvido o problema da aderência da gelatina sensível a esta base, este suporte foi adotado pela indústria cinematográfica a partir dos anos 70. Atualmente, com exceção dos negativos de câmera, as cópias do cinema comercial no mundo são processadas neste tipo de base.
Bell & Howel Eyemo 71
Câmera 35mm desenvolvida na Bell & Howel, em Chigaco, nos Estados Unidos, cujos princípios de design e funcionamento mecânico são semelhantes a Filmo 70 produzida pela mesma indústria. Ressalta-se que este equipamento foi um sucesso de venda em 1929 tendo permanecido até os anos 70 como uma câmera de fácil operação e ideal para reportagens. Existe uma versão com acessórios que permite ser usada em estúdio para a filmagem de ficção e até hoje é usada como crashcam (câmera para quedas).
Bell & Howell Filmo 70
Câmera 16mm lançada em 1925 pela Bell & Howel (Chigaco, EUA) que conquistou o mercado amador e, em seguida, bastante utilizada na Segunda Guerra Mundial. Alcançou seu auge durante o surgimento da TV, antes e durante o surgimento do videotape, bastante usada para o registro de notícias de televisão. De manuseio extremamente fácil, é empregada até hoje por amadores e profissionais.
Câmera sonora Auricom
Criada nos EUA nos anos 30, logo no início do som no cinema. Foi amplamente utilizada por amadores nesta década que, assim como a câmera BH Filmo 70, teve seu auge com a TV. A grande vantagem da Auricom era registrar o som direto no negativo. Foi bastante usada para entrevistas e reportagens até o início dos anos 70, tendo sido substituída pelas câmeras CP, entre outras, cujo desenho era semelhante ao da Auricom, mas o som era registrado em banda magnética.
Câmera sonora magnética CP
Criada por Edmond M. di Giulio, que tendo trabalhado nas firmas que produziam a Auricom, criou sua própria câmera com algumas pequenas modificações. A partir dos anos 70, se tornou uma coqueluche, pois gravava imagem e som, mas este último em banda magnética.
Cópia
Feita a partir do negativo original de câmera, este processo permite que a reprodução de escalas de cinza e de cores seja exibida na ordem direta da imagem diferentemente do negativo.
Internegativo ou contratipo
Filme negativo de baixo contraste utilizado geralmente em laboratório para a obtenção de nova geração de imagem.
Interpositivo ou master
feito a partir do negativo original, é um filme intermediário para a obtenção de um internegativo que substitui o negativo original e possibilita uma nova geração de cópias.
Negativo
Primeira geração de material dentro das câmeras de filmar usado para tirar cópias. No caso de filme montado, a cópia é feita a partir do negativo conformado com a montagem.
Negativo de som
Matriz na qual são impressos fotograficamente os impulsos elétricos sonoros. Esses impulsos variam na largura dependendo do processo ou da densidade. O negativo de som contém todas as informações do original gravadas eletricamente.
Negativo de imagem sonoro
Suporte típico das câmeras Auricom ou similares no qual simultaneamente são gravados som e imagem nas bitolas 35 e 16mm.
Som magnético
Base de acetato ou poliéster aspergida de óxido de ferro e metal evaporado, entre outros, que possibilitam a gravação de impulsos elétricos que, após passar por uma cabeça magnética, são reproduzidos normalmente. É importante observar que o som magnético, no cinema profissional, é usado tanto em fitas de ¼, 16, 17,5 e 35mm, lisas ou perfuradas.
Telecine
Equipamento usado para transferir material fílmico para o domínio da TV ou data podendo ser utilizado em vários formatos desde VHS até ultra HD 4K.